Reitoria consolida informações e diretrizes destinadas à Fase 3 do Plano de Contingência

A Administração Central constituiu, nesta semana, um grupo de trabalho no Gabinete da Reitoria para dar continuidade à sistematização das principais diretrizes, orientações e informações de ações já realizadas destinadas ao planejamento e à adoção da Fase 3 do Plano de Contingência da Ufes, a ser analisada pelo Conselho Universitário. O documento reúne orientações gerais quanto às condições de retomada gradual das atividades presenciais na Ufes, no modelo híbrido, já definidas em diversos planos, documentos e normativas pelos conselhos superiores da Universidade e outras instâncias de assessoria e planejamento.

“Desde o ano passado, diante do advento da pandemia, a Administração da Ufes tem se mantido mobilizada e em constante produção de ações essenciais para atravessar esse período desafiador. Essas normas e informações sobre ações realizadas pela Administração correspondentes apenas à Fase 3 estão distribuídas em diversos documentos, todos bem fundamentados e detalhados, com previsões para todas as cinco fases definidas pelo Plano de Contingência. Vimos a necessidade de reunir as que são referentes apenas à Fase 3 num documento, de forma a deixar mais claro para toda a comunidade o que, de fato, implica a adoção dessa nova etapa do nosso Plano de Contingência”, explicou o reitor Paulo Vargas.

A previsão da reitoria é de que, se aprovada a mudança para a Fase 3 pelo Conselho Universitário, a retomada do ensino em direção ao modelo híbrido deva ser feita de forma escalonada a partir do semestre letivo de 2021/2, que começa em novembro, e a das atividades que envolvem os servidores até o final deste período letivo. Numa consulta realizada com os gestores dos Centros de Ensino, ficou evidenciado que não há condições de alteração da forma como as atividades de ensino estão sendo realizadas durante este semestre letivo, no qual a maior parte das aulas estão acontecendo de modo remoto.

“O nosso objetivo é envolver toda a comunidade num processo de discussão sobre uma nova fase de funcionamento da Universidade no modo híbrido, por meio de atividades de ensino e administrativas realizadas parcialmente no modo presencial, com segurança e cuidados por parte da comunidade acadêmica. Ontem recebemos do Comitê Operativo de Emergência para o Coronavírus da Ufes (COE/Ufes), por meio do seu boletim, a terceira recomendação de que é possível seguir para a Fase 3 do Plano de Contingência. É importante agora que possamos incrementar nosso planejamento e nossas ações para esta nova etapa. Os dados dos últimos três boletins do COE apontam que já temos níveis de controle da pandemia de coronavírus que permitem trazer de volta para os campi uma parte dos nossos estudantes, professores e técnicos, desde que, é claro, sejam observadas as medidas de segurança e os cuidados necessários”, afirmou o reitor.

Segundo Vargas, o documento será apresentado e discutido com gestores acadêmicos e administrativos, e entidades representativas dos estudantes, técnicos e professores a partir da próxima semana. “É importante que nossa comunidade e a sociedade tenham uma dimensão mais exata de como iremos funcionar na Fase 3, no modelo híbrido. A nossa Universidade tem um papel social muito importante e nos parece imperioso viabilizar as condições para oferta de disciplinas de natureza prática, principalmente para possibilitar a integralização curricular dos estudantes que precisam concluir as suas graduações e, por outro lado, ir progressivamente reduzindo o passivo deixado pela impossibilidade de funcionamento pleno da Universidade, que tem resultado na retenção de uma parte dos nossos estudantes e mesmo condicionando a evasão dos mesmos, diante das dificuldades enfrentadas”, disse.

O reitor acrescentou ainda que “a reitoria está atenta e monitorando continuamente os índices da pandemia, o avanço da vacinação, que já começa a alcançar a faixa etária dos nossos estudantes, e, também, promovendo melhorias na infraestrutura dos campi para uma retomada tranquila. Se tivermos que fazer recuos devido ao comportamento da pandemia, já estamos preparados para isso. Mas o nosso desejo é que o cenário seja sempre mais promissor”.

Entenda o que é a Fase 3

Fase 3: Earte + Presencial (Plano de Contingência)

i. Dar início ao formato de ensino híbrido, escalonando-se o retorno presencial dos estudantes, ou seja, a convivência do Earte com o presencial (nas devidas condições de segurança);

ii. destinar as atividades presenciais prioritariamente às disciplinas práticas e laboratoriais;

iii. retomar os serviços administrativos em formato híbrido, observando-se as determinações previstas no Plano de Biossegurança e no item 3.6 deste Plano de Contingência; e

iv. autorizar o funcionamento dos restaurantes universitários mediante agendamento prévio. Essa etapa deverá ser acompanhada de avaliação contínua.

Ensino

- O ensino híbrido será restrito à carga horária prática das disciplinas teórico-práticas e/ou práticas que requeiram laboratórios especializados e/ou trabalhos de campo, cabendo aos departamentos de ensino, ouvidos os colegiados de curso, a definição das disciplinas que serão ofertadas (Resolução nº 20/2021-Cepe);

- Os Centros de Ensino, ouvidos os colegiados de curso, só permitirão a realização das atividades, observadas todas as medidas propostas no Plano de Biossegurança e nas orientações do COE-Ufes, podendo essas atividades ser suspensas a qualquer momento em que for constatada alguma inconformidade (Resolução nº 20/2021-Cepe).

Servidores (professores e técnicos) e estudantes

- O retorno das atividades presenciais deverá ser escalonado/flexibilizado por setor de trabalho ou unidade administrativa, partindo de 30-40% até, no máximo, 70-80% da sua capacidade (Plano de Biossegurança);

- O planejamento do retorno deverá considerar que os integrantes dos grupos de risco sejam os últimos a retornarem às atividades presenciais (Plano de Biossegurança);

- A Ufes deverá estar com todos os equipamentos de proteção individual (EPIs) disponíveis para uso, bem como sabão e álcool gel a 70% nos espaços recomendados, antes do retorno da comunidade acadêmica aos espaços da Universidade (Plano de Biossegurança);

- Flexibilizar/prever o revezamento da jornada de trabalho e/ou organização de horários alternados para entrada e saída de servidores e estudantes, a fim de evitar superlotação no transporte público (Plano de Biossegurança).

Planos setoriais nas Unidades da Ufes

- Planos de adaptação deverão ser elaborados em cada setor de trabalho com vistas à aplicação deste Plano de Biossegurança (Plano de Biossegurança);

- Um grupo de trabalho (GT) de biossegurança deverá ser implantado em cada campus para acompanhar o retorno das atividades, bem como propor ações específicas atentando para as especificidades de cada local. Os GTs deverão ser assessorados pelo COE-Ufes (Plano de Biossegurança);

- Elaborar planos de adaptação em cada setor de trabalho com vistas à aplicação deste Plano de Biossegurança (Plano de Biossegurança).

Infraestrutura e limpeza

- Manter o ambiente ventilado naturalmente (portas e/ou janelas abertas) (Plano de Biossegurança);

- Reforçar os procedimentos de higiene e de desinfecção de utensílios, equipamentos e ambientes de convivência, inclusive cadeiras e mesas (Plano de Biossegurança);

- Ampliar a frequência de limpeza de pisos, corrimãos, maçanetas e banheiros com álcool a 70% ou solução de água sanitária (Plano de Biossegurança).

Aspectos comportamentais

- Campanhas educativas (estão sendo realizadas e novas ações estão sendo preparadas) para enfatizar a necessidade de consolidação de comportamentos que contribuam para um ambiente mais seguro, como o distanciamento e não aglomeração, a higienização das mãos, uso e conservação das máscaras, de sabão e de soluções antissépticas, bem como de seus respectivos dispensadores (Plano de Biossegurança);

- Caberá a cada um dos integrantes da comunidade universitária contribuir com o controle e segurança dos ambientes evitando a aglomeração, mantendo a distância mínima de 1,5 metro nas salas de aula e laboratórios – mesas e bancadas de laboratórios utilizadas pelos estudantes e o uso de EPIs específicos para as atividades realizadas em laboratório (Plano de Biossegurança).

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